quarta-feira, 10 de outubro de 2018

Como apoiar quem sofre de depressão

Depressão tem cura, procure um especialista.

A depressão é um transtorno que afeta milhões de pessoas em todo o mundo, incluindo cerca de 2 milhões de brasileiros a cada ano. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), mais de 300 milhões de pessoas de diferentes faixas etárias sofrem desse distúrbio. O diagnóstico da depressão é feito por profissionais de saúde qualificados e, embora não exija exames laboratoriais, requer uma avaliação médica adequada.

Sintomas de depressão

A depressão é uma doença tratável, com duração média de tratamento, e pode ser identificada por meio de sintomas característicos. Além da profunda tristeza e falta de ânimo, as pessoas que sofrem com esse problema podem experimentar oscilações de humor. Com o passar do tempo, outros sintomas podem se manifestar.

É possível que o indivíduo comece a se sentir inseguro, com dificuldade de raciocínio, insônia e uma sensação de vazio. Em alguns casos, surgem pensamentos suicidas. Falta de motivação, ansiedade, o surgimento de medos antes inexistentes, angústia e indecisão também são sintomas comuns da depressão.

Tipos de depressão

Quando a depressão não é tratada, ela pode progredir por três estágios: leve, moderado e grave. O estágio grave da depressão pode representar um risco para a vida da pessoa, destacando a importância de buscar a orientação de um profissional especializado.

A depressão é uma doença complexa e multifatorial, o que significa que diversos fatores podem contribuir para o seu agravamento. É fundamental ter conhecimento dos diferentes tipos de depressão, que incluem:

2 milhões de brasileiros sofrem de depressão por ano

Episódio depressivo: Nesse caso, o paciente passa por um episódio depressivo, apresentando alterações comportamentais. A síndrome depressiva costuma durar até seis meses e pode incluir sintomas como falta de prazer, alterações no sono, humor depressivo e lentidão motora.

Transtorno depressivo maior: Esse tipo de depressão é caracterizado por uma duração além de seis meses e uma intensificação dos sintomas. Os médicos consideram esse quadro mais grave e acreditam que fatores genéticos possam estar envolvidos. No transtorno depressivo maior, ocorrem alterações químicas no funcionamento do cérebro, podendo ser desencadeadas por fatores emocionais ou físicos.

Depressão bipolar: Trata-se de um subtipo de depressão no qual, na fase normal, os sintomas são idênticos ao do episódio depressivo. No entanto, na fase eufórica, o paciente pode apresentar hiperatividade, desatenção, agitação, aumento de energia e impulsividade.

Distimia: A distimia é uma forma crônica de depressão, mas geralmente menos grave. Os sintomas podem persistir por um longo período de tempo, chegando a dois anos ou mais. Os indivíduos com distimia costumam ter baixa produtividade, sentimentos de inadequação, baixa autoestima e falta de esperança.

Depressão atípica: Nesse tipo de depressão, os indivíduos podem apresentar falta de energia, humor apático, cansaço e aumento excessivo do sono. Além disso, podem ocorrer sintomas como sensibilidade ao rejeição, aumento do apetite e ganho de peso.

Depressão sazonal: Esse tipo de depressão está relacionado às mudanças sazonais e épocas do ano. O tipo mais comum é a depressão sazonal de inverno, em que os indivíduos apresentam sintomas de tristeza, falta de energia e alterações no sono e no apetite. Outro exemplo é a depressão relacionada às festas de final de ano, quando o estresse pode aumentar.

Depressão pós-parto: Como o nome sugere, a depressão pós-parto ocorre logo após uma mulher dar à luz. Nesse caso, as novas mães podem apresentar sintomas de desesperança, tristeza intensa, ansiedade, falta de energia e dificuldade de vinculação emocional com o bebê.

Depressão psicótica: Essa forma de depressão é considerada grave, pois além dos sintomas típicos da depressão, como tristeza profunda, falta de interesse e baixa autoestima, ocorrem também sintomas psicóticos, como delírios e alucinações. É importante estar atento, pois a depressão pode afetar qualquer pessoa, inclusive aqueles sem histórico de psicose na família.

Remédio para depressão

É importante destacar que a escolha do medicamento adequado para tratar a depressão deve ser feita por um profissional de saúde qualificado, como um médico psiquiatra. Cada pessoa é única e requer uma avaliação individualizada para determinar o tratamento mais apropriado.

Existem diferentes classes de medicamentos utilizados no tratamento da depressão, como antidepressivos e ansiolíticos. Alguns exemplos comuns de medicamentos antidepressivos incluem:

  • Inibidores seletivos de recaptação de serotonina (ISRS), como a Fluoxetina (Prozac) e a Sertralina (Zoloft);
  • Inibidores seletivos de recaptação de serotonina e norepinefrina (ISRSN), como a Venlafaxina (Efexor) e a Duloxetina (Cymbalta);
  • Inibidores da recaptação de norepinefrina e dopamina (IRND), como a Bupropiona (Zyban, Wellbutrin);
  • Tricíclicos, como a Amitriptilina (Tryptanol) e a Clomipramina (Anafranil);
  • O Clonazepam (Rivotril) é um medicamento da classe dos benzodiazepínicos, frequentemente usado para tratar a ansiedade, mas não é um antidepressivo comumente prescrito para a depressão.
É fundamental ressaltar que apenas um profissional de saúde qualificado poderá prescrever o medicamento adequado com base na avaliação clínica e nas necessidades específicas de cada paciente. O acompanhamento médico regular é essencial durante o tratamento da depressão para monitorar os efeitos dos medicamentos e fazer ajustes, se necessário.

Como apoiar quem sofre de depressão

A ajuda médica deve ser á primeira escolha para quem sofre com depressão 

No entanto, se você deseja ajudar alguém que está enfrentando a depressão, existem algumas dicas simples que podem ser úteis:

Conheça o assunto: Você não precisa ser um especialista, mas adquirir conhecimento básico sobre a doença pode ser de grande ajuda. Eduque-se para entender melhor o que a pessoa está passando.

Apenas ouça: Evite tentar consertar ou resolver os problemas da pessoa. Às vezes, seu amigo só precisa ser ouvido. Permita que ele indique o que deseja fazer e esteja presente para ouvi-lo. Respeite o tempo dele.

Escolha atividades alegres: Como a depressão causa falta de energia, é provável que seu amigo esteja constantemente indisposto. Ao escolher algo para fazer juntos, opte por atividades alegres, pois elas podem ajudar a aliviar os sintomas da doença.

Pratique atos de gentileza: Pequenos gestos de gentileza podem ter um impacto significativo. Se você perceber que a casa da pessoa está bagunçada ou que há louças sujas, por exemplo, não pergunte se pode ajudar a organizar, simplesmente comece a organização. Mostre que você realmente está disposto a ajudar.

Lembre-se de que cada pessoa é única, e o apoio emocional e a compreensão são essenciais para auxiliar alguém que está enfrentando a depressão. Incentive-a a buscar ajuda profissional e esteja presente como um apoio solidário durante o processo de tratamento.

Ajudar um amigo que está passando por depressão pode ser um desafio, mas seu apoio pode fazer toda a diferença. Compartilhe conosco sua experiência pessoal se já passou por algum problema semelhante ou se conhece alguém que está enfrentando essa situação. Estamos aqui para ouvir e oferecer suporte. Juntos, podemos criar uma rede de apoio e compreensão.

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